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CONTOS TRADICIONAIS

  • Natalia Ribeiro
  • 18 de ago.
  • 3 min de leitura

Os contos tradicionais fazem parte da herança cultural da humanidade e carregam ensinamentos, símbolos e valores transmitidos de geração em geração. Quando os alunos entram em contato com essas histórias, têm acesso a narrativas que moldaram o imaginário coletivo e que ainda hoje continuam presentes no nosso cotidiano.

Clássicos como Chapeuzinho Vermelho, Os Três Porquinhos, Cinderela, João e o Pé de Feijão e Branca de Neve encantam não apenas pelo enredo, mas também porque trazem estruturas narrativas que servem de base para inúmeras recriações. Ao conhecer essas histórias em sua forma original, os alunos conseguem reconhecer referências, comparações e, sobretudo, compreender as paródias que são criadas a partir delas.

As paródias utilizam o enredo conhecido para brincar com a expectativa do leitor, criando humor, crítica ou novas interpretações. Assim, quando um estudante lê, por exemplo, A Real História da Chapeuzinho Vermelho ou uma versão bem-humorada dos Três Porquinhos, ele entende a graça justamente porque já conhece a narrativa tradicional.

Portanto, apresentar contos clássicos aos alunos é não apenas uma forma de preservar a tradição, mas também de prepará-los para apreciar produções contemporâneas que dialogam com esses textos, desenvolvendo senso crítico, compreensão leitora e gosto pela leitura.

E para experimentar na prática, fica o convite: vamos juntos conhecer uma paródia divertida do conto Os Três Porquinhos e descobrir o que acontece quando o Lobo resolve assoprar as casas por um motivo nada convencional!



A VERDADEIRA HISTÓRIA DOS TRÊS PORQUINHOS

 

Heitor , Prático e Cícero eram três irmãos e viviam na floresta Suinópolis.

Cada um tinha sua casa.

Heitor era o irmão mais velho e tinha construído uma casa de barro, muito resistente. Caprichoso e bem-disposto, estava sempre fazendo melhorias na casa. Pintava portas, cuidava do jardim e já tinha construído uma linda cerquinha.

Cícero era o esportista da família. Para ter mais tempo para os esportes, construiu sua casa de madeira. A construção foi rápida e ele ganhou tempo para passar boa parte do dia no Clube dos Suínos e era o campeão da natação.

Cícero, o caçula, por ser bastante preguiçoso, resolveu fazer sua casa de palha, assim poderia passar mais tempo na rede, comendo petiscos, tomando suco e ficando cada vez mais gordinho. Adorava ficar cantarolando e esquecido da vida…

Tudo transcorria bem até os porquinhos receberem uma visita inesperada: o Lobo! Todos diziam que ele era muito malvado.

Mas o que ninguém sabia é que o Lobo não queria comer os porquinhos.

O pobre Lobo tinha um problema sério: era alérgico a barro, madeira e palha mal varrida. Sim, é isso mesmo! Só de sentir o cheiro de uma casa mal organizada, ele começava a espirrar sem parar.

— Atchim! — espirrou o Lobo assim que se aproximou da primeira casinha de Cícero.

Essa casa precisa de ventilação! Se não arejar, vou morrer de rinite! Vou ter que assoprar!

E lá foi ele:

— Fuuuuuuuuuuuuuu!

A casa chacoalhou, as janelas bateram, e Heitor gritou;

— Ai, meu Deus! Ele quer derrubar minha casa!

Mas a verdade é que o Lobo só queria abrir as janelas. O ar precisava circular!

Logo o Lobo chegou à casa de Prático, que estava cheia de medalhas penduradas nas paredes.

— Fuuuuuuuuu! — assoprou ele.

As medalhas começaram a balançar e faziam um barulho de “tilim-tilim” que parecia até uma escola de samba.

— Ele está me atacando! — gritou o porquinho.

Na verdade, o Lobo só queria desempoeirar as medalhas para que brilhassem ainda mais.

Por fim, chegou à casa de Heitor, a mais firme de todas. O Lobo respirou fundo, enchendo o peito:

—Fuuuuuuuuuuuuuu!

Nada aconteceu.

— Ué… — pensou ele. — Essa até que está bem estruturada! Mas precisa de um toque final.

Então explicou:

— Queridos porquinhos, vocês me julgam mal, mas eu só quero ajudar. Sou Lobo, mas também sou… arquiteto ecológico e ventilador natural!

Os três irmãos se entreolharam, meio sem jeito.

E, a partir desse dia, o Lobo virou síndico da floresta. Agora, sempre que alguém precisa dar um “up” na casa, chama o Lobo para dar aquele sopro de renovação.

E assim ficou conhecida a verdadeira história:

O Lobo não era mau. Ele só tinha rinite e uma vocação para a decoração!

 
 
 

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